O voto, ou sufrágio, como é também conhecido, é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos ou para tomar decisões políticas, em espaços em que há consulta popular para isso, como nos casos de referendos ou plebiscitos.
As votações que existiam durante a colônia e durante o Império brasileiro estavam restritas a homens que detinham certo nível de renda. Com o advento da República, o voto foi estendido aos demais homens, mas não às mulheres. Estas somente puderam participar das eleições no Brasil a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral.
A existência dos períodos ditatoriais, como entre 1937 e 1945 e entre 1964 e 1985, diminuiu muito a abrangência da participação política dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos. A restrição histórica à participação de boa parte da população na escolha de seus representantes através do voto fez com que o sufrágio universal estabelecido na Constituição de 1988 ganhasse uma enorme importância.
Por meio do voto, é possível ao eleitor escolher dentre um leque de opções previamente estabelecido uma pessoa que o representará em algumas das instituições políticas por um período determinado. Essa escolha, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após uma análise das propostas do candidato e de sua viabilidade de aplicação, além do histórico pessoal e político do candidato.
Intensas campanhas são feitas para combater a compra de votos, uma prática ainda comum durante as eleições no Brasil. Através da compra do voto, políticos com maior poder econômico conseguem influenciar de forma considerada não ética um maior número de eleitores. A compra de votos é crime no Brasil, mas isso não quer dizer que ela não exista.
Por outro lado, diversos posicionamentos críticos em relação à democracia representativa apontam que os financiamentos de campanhas, que são legais, acabam também fazendo com que as classes que têm maior poder econômico coloquem seus representantes no poder, limitando a abrangência da democracia. Nesse caso, somente as campanhas eleitorais milionárias teriam capacidade de serem vitoriosas nas principais eleições.
Outra característica do voto no Brasil é que ele é obrigatório. Há campanhas para que o voto seja facultativo, uma escolha das pessoas que querem eleger seus representantes. A favor desse posicionamento há o argumento de que tal medida diminuiria os casos de corrupção nas eleições, além de ampliar a possibilidade de escolha dos cidadãos, já que poderiam começar escolhendo se querem votar ou não.
Há ainda posicionamentos de crítica mais profunda às eleições, principalmente as decorrentes das campanhas do voto nulo. A prática de anular o voto visa expor um descontentamento com todo o sistema da democracia representativa ou, em alguns casos, a insatisfação com os candidatos que são apresentados. Acompanhe também a discussão desse tema em nosso podcast: Diferença entre voto nulo e voto em branco.
Em muitos casos, a crítica à representatividade indica uma limitação dessa forma de organização, que exclui da participação política direta a maior parte dos cidadãos, afastando-os desse tipo de prática, que se limitaria a votar apenas em certos períodos, em candidatos previamente escolhidos por agremiações. Nesse sentido, nos intervalos das eleições, os cidadãos ficariam afastados das decisões políticas, já que delegariam essa função a seus representantes.
Os vários posicionamentos no debate demonstram a importância do voto na prática política brasileira.”
Fonte https://brasilescola.uol.com.br/politica/importancia-voto.htm
Segunda-feira, 20 de junho, a Direção Executiva da Fundação Democrata Cristã, vai se reunir para eleger seus novos Conselheiros.
Desde a sua fundação a FDC tem demonstrado transparência em seus atos e carimbado sua marca de qualidade nos cursos que promove, que podem ser acessado nessa página e que visam a formação da cidadania e a promoção de uma visão de Brasil que trás a marca da Democracia Cristã.
Damos as boas vindas aos novos membros que serão eleitos na certeza de que farão o melhor para contribuirmos na construção de um país livre, justo e solidário.
Terra, a pátria dos homens
Do mundo que recebemos para o que dele fizemos
“Não vos conformeis com o presente século, transformai-vos pela renovação da vossa mente”(Rm. 12.2)
Ao tomarmos a Bíblia como referência para revisar o conhecimento do mundo que temos, vamos encontrar que o mundo já foi muito bom. Como e qual era o mundo bom? Segundo o livro de Genesis é o mundo físico que foi criado para embelezar o que antes era sem forma e vazio. Foi criado e desenvolvido para servir de Casa, um ambiente de moradia que garantisse as condições suficientes ao longo da experiência de vida na terra.
Daí a expressão, “Terra, a pátria dos homens”, muita usada na Democracia Cristã pelo Deputado José Maria Eymael para combater todo tipo de exclusão que sofre o ser humano ao ser banido da sua Pátria, sobrevivendo sem casa e sem as condições de vida plena dentro da sua própria terra.
Esse é o mundo que ao longo dos séculos precisa ser transformado. O mundo desfigurado, destituído das suas condições primárias que trazia em si todas as possibilidades para a maior de todas as experiências, a boa, plena e abundante vida humana.
Cabe a pergunta: quem mexeu nesse queijo tão bom? Estamos diante de uma busca necessária. É possível pontuar na história quando tudo isso começou? É um exercício árduo, longo, mas acredito que seja necessário e possível. Vamos começar? Para se debruçar na descoberta de quando esse mundo deixou de ser tão bom assim, estabelece-se inicialmente o caminho de volta à mesma fonte: ao juntarmos os versos 5 a 10 de Genesis 3, veremos que cabe uma observação primária que pode ajudar nessa tarefa. Analisemos a causa, “olhos abertos = entendimento” e a decisão do sujeito livre, que teve os olhos abertos, lá denominado de Adão, foi: “tive medo e me escondi”.
Pois bem, se a ação resultante do teu entendimento te traz medo e vergonha há algo que não está correto aos teus próprios olhos. O ideal é procurar um outro entendimento que oriente sua consciência a mover-se para seu próprio bem uma vez que o bem que queres é o mesmo que deves fazer ao outro. Esse equilíbrio transforma os homens do mundo.
Pode ter sido essa conclusão que o filósofo e apóstolo Paulo chegou ao afirmar que as transformações são necessárias e que precisam começar pela intelectualidade humana para refazer as condições de ver e viver no mundo, restituindo sua moldura como fora narrada no Salmos 19. 1- 3.
Mantendo a fé e a consciência, evitamos naufrágios.
Fraterno abraço
Pr. Lindberg Morais